O ano era 1967. Um pequeno grupo formado por Abraham Maslow, Anthony Sutich, Stanislav Grof, James Fadiman, Miles Vich e Sonya Margulies se reuniu em Menlo Park, na Califórnia, com o propósito de criar uma nova psicologia. Uma orientação capaz de honrar o espectro inteiro da manifestação da consciência humana, com seus vários estados incomuns de consciência e a dimensão espiritual da existência.
Durante essas discussões, Maslow e Sutich aceitaram a sugestão de Grof e deram à nova disciplina o nome de Psicologia Transpessoal. Em seguida, fundaram a Association of Transpersonal Psychology (ATP) e lançaram o Journal of Transpersonal Psychology.
Psicologia Transpessoal
Na Psicologia Transpessoal, o homem é concebido como um todo, interconectado com toda a existência e toda a manifestação de vida, não encapsulado e limitado por um ego. É o princípio holográfico, onde não só o Todo contém as partes, mas também as partes contêm o Todo. Compreende ainda que nossa consciência manifesta propriedades não limitadas pelo espaço e/ou tempo. A inter-relação de toda a vida que existe no cosmos revela a espiritualidade como um aspecto de nossa natureza, onde nos sentimos conectados a esta Totalidade.
A Física Quântica e suas novas e surpreendentes descobertas acerca da realidade embasam a Psicologia Transpessoal e mostram que ciência e espiritualidade não são incompatíveis. Neste contexto, espiritualidade refere-se à dimensão transcendente própria do psiquismo humano, fonte importante de plenitude, discernimento e consciência ética em relação à vida e aos demais.
A cisão entre espiritualidade e ciência decorrente do modelo cartesiano de percepção de realidade é vista como uma das principais causas do mau uso do saber científico e do grande vazio existencial presente no mundo moderno.
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